Foto: Valdir Amaral
Tramita na Assembleia Legislativa o projeto de lei do governo do Estado para venda da Celepar, empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná. O deputado Requião Filho pediu vistas do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e acusa o governo de promover um leilão das empresas paranaenses.
De acordo com o deputado, uma leitura prévia do texto mostra a clara intenção do governo de entregar mais uma empresa pública para gerar lucro na iniciativa privada.
"Temos um governo que não tem orgulho de ser paranaense. Um governo que reconhece a sua incapacidade de gerir o Estado. Está fazendo terceirizações e vendas de tudo aquilo que trouxe benefício ao povo paranaense. Infelizmente esse é o governo que foi eleito, mas felizmente ele chega ao seu fim", criticou o Líder da Oposição na Alep.
De acordo com o texto da proposta, o Poder Executivo deseja transferir total ou parcialmente a sociedade, ativos e participações societárias da Celepar. Além disso, a venda permitiria dissolver ou desativar os empreendimentos existentes.
“O governo Ratinho vendeu empresas paranaenses lucrativas e que atuam em atividades sem competitividade no mercado. As privatizações da Copel, da Sanepar, da Compagás e da Ferroeste estão aí para provar que o foco do governo é se livrar da responsabilidade de gerenciar serviços essenciais para a população. Tenho certeza que o Estado do Paraná irá se arrepender muito desse leilão que fizeram, desse balcão de negócios que virou o Palácio do Iguaçu”, prevê Requião Filho.
Regime de urgência - o projeto chegou na Assembleia com um pedido de regime de urgência, também criticado pelos deputados. Com a decisão, a proposta tem o prazo de 48 horas para ser discutida na CCJ, como determina o Regimento Interno da Casa.
Celepar - A Celepar foi fundada em novembro de 1964, sendo a primeira empresa pública voltada para tecnologia da informação no Brasil. Atuando em serviços que impactam a saúde e a educação do Estado, a Celepar também é responsável pelo armazenamento e compartilhamento de dados, que também influenciam os setores de trânsito e compras.
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