CAGED chegou a revisar os números e alertar Estado sobre a queda de vagas geradas no último ano.
Em resposta a um pedido de informações encaminhado pelo Deputado Requião Filho (MDB), o Governo do Paraná reconheceu esta semana que divulgou números inconsistentes referentes a geração de empregos formais, durante a pandemia. Porém, o Estado nega que tenha havido “equívoco”, apenas um “ajuste no método de consolidação de dados”.
Os números “furados” haviam sido disponibilizados pelo Governo Federal, mas atualizados logo em seguida. No entanto, as propagandas do Paraná seguiram divulgando dados superestimados. Em 2020, ao invés de 44.758 novos empregos gerados, o saldo real foi de apenas 29.167 pessoas que passaram a ter a carteira assinada. O cálculo foi baseado na diferença entre 1.223.711 admissões e 1.194.544 desligamentos registrados no período.
Em 2021 não foi diferente. O saldo de empregos divulgado, referente ao período entre janeiro e novembro de 2021, foi de mais de 200 mil novos empregos, quando na verdade chegou a pouco mais de 196 mil, sendo 1.457.138 admissões e 1.260.995 desligamentos. Somando os dois anos de pandemia, o saldo de empregos no Paraná ficou em 225.310 empregos, e não 244.853 como haviam divulgado. A diferença entre ambos foi de 19.543 vagas, ou 7,98% do valor original, sendo 15.591 (ou 79,8% da diferença) em 2020, e 3.952 em 2021.
Para Requião Filho, divulgar as estatísticas corretas é dever do Estado.
“Eles não podem se valer de números imprecisos para fazer propaganda e comemorar um crescimento superestimado, quando a população está vendo, no seu dia-a-dia, uma realidade tão diferente. Não é coerente, não é leal com quem está na fila do emprego há tanto tempo, enquanto outros fazem parecer que está tudo bem”.
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