Patrimônio estrutural deixado pelas concessionárias pertence ao Estado, mas tem sofrido com vandalismo e descaso.
Esta semana celebramos o primeiro aniversário sem pedágio no Paraná. Com o encerramento dos contratos em 28 de novembro de 2021, após mais de duas décadas de tarifas caras e sem a realização de todas as obras prometidas pelas concessionárias, os motoristas puderam registrar uma economia significativa. No entanto, o que deixou a desejar foi o serviço obrigatório de manutenção que deveria estar sendo realizado pelo poder público.
Com as cancelas abertas, as 27 praças de pedágio ficaram abandonadas, somando centenas de ocorrências de vandalismo e depredação do patrimônio público. Mas se por um lado a atenção dada pela iniciativa privada mantinha a limpeza das rodovias e garantia um atendimento mínimo de auxílio aos usuários, agora o Governo do Estado patina na manutenção das estradas e dessas estruturas.
Em nota publicada pela imprensa esta semana, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) afirmou que "aguarda uma posição oficial do Gabinete de Transição Governamental e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quanto ao novo programa de concessões rodoviárias do Governo Federal". O DER afirmou, também, que "a prioridade é garantir uma tarifa justa, com execução de obras necessárias para consolidar o Paraná como hub logístico da América do Sul, e total transparência de todo o processo".
Para o Deputado Requião Filho, o certo seria não ter pedágio e o Governo assumir a responsabilidade do gerenciamento das estradas, investindo na melhoria dos acessos e de toda malha viária.
“Tem dinheiro, só precisa ser bem investido. Já vimos que a terceirização de serviços do primeiro mandato, em outros setores, como a Educação, por exemplo, não trouxe qualquer benefício ou economia ao Estado. E tem mais! Sequer foram atrás pra cobrar o prejuízo bilionário que as pedageiras deixaram ao Estado. Muitas duplicações não foram feitas em trechos estratégicos e, até hoje, sequer conseguimos cruzar o Paraná, de ponta a ponta, com tranquilidade e segurança”, avalia o deputado.
O parlamentar acredita que, havendo nova licitação, os deputados estaduais ficarão atentos a todo processo para que o Paraná não volte a ser ‘amarrado’ a mais duas ou três décadas a um pedágio caro e ineficiente.
“Nos trechos que estão com as duplicações feitas, tem que ser apenas tarifa mínima de manutenção. Nas demais, tem que fazer as obras que foram deixadas pra trás, primeiro e isentar o povo da cobrança de qualquer tarifa relacionada a isso, porque já está pago, só não foi feito. E caso as concessionárias que atuaram nessas áreas voltarem a vencer a concorrência, terão que entregar primeiro o que devem, para depois voltar a cobrar da população”, declarou.
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