Quem nunca caiu numa cilada virtual, hein? Aquele link que chega no seu celular, dizendo que você pode ganhar um prêmio ou oferecendo uma vantagem. É muito fácil de cair nessa teia de mentiras, mas quem de fato está por trás disso tudo? Qual o interesse disso?
Quem participou do bate-papo com o Deputado Requião Filho nesta terça-feira, respondendo a estas e outras perguntas, foi o professor Armando Kolbe Junior. Ele é coordenador do Curso de Gestão de Startups e Empreendedorismo Digital, da Uninter.
Com todo mundo trabalhando em casa, filhos estudando nos nossos computadores, muita gente que não tinha habilidade com o meio digital tendo somente estas ferramentas para fazer compras, estudar, trabalhar… veio também uma chuva de ataques cibernéticos em nossos aparelhos. Pesquisas apontam uma média de 65 milhões de tentativas ao dia. São números assustadores. Mas como prevenir que alguém não roubou sua senha, ou os dados do seu celular, algo sigiloso do seu trabalho?
12 dicas pra se proteger dos cibercriminosos
Criar senhas fortes, evitando combinações óbvias, datas de aniversário, nome do pet, da filha, filho entre outras não devem ser utilizadas. Alterar a senha das redes sociais e e-mail periodicamente; o ideal seria fazer isso a cada três meses.
Não compartilhe fotos íntimas, pois elas poderão servir, além de outras situações, para extorsão. Evitar divulgar fotos de crianças, principalmente com uniformes escolares. Colocar apenas a imagem sem a localização pode ser uma alternativa para quem quer fazer postagens.
Verificar sempre se a webcam está desativada, pois alguém pode estar espiando você e sua casa ou empresa.
Nunca abrir e-mails desconhecidos, muito menos responder. Ficar atento a e-mails, links e SMS falsos: fenômeno chamado de phishing, em que criminosos “pescam” os dados pessoais logo após o clique.
Não se deve deixar as redes sociais ou e-mail abertos quando não estiver usando.
Não fazer uso de apps bancários em locais movimentados ou que tenham câmeras.
Instale antivírus no computador, notebook ou dispositivos móveis. Manter softwares e antivírus sempre atualizados, pois os fabricantes costumam lançar atualizações que corrigem algumas falhas, inclusive contra vírus.
Evite ter uma só senha para tudo, e nunca compartilhe essas senhas com alguém.
Atenção redobrada ao divulgar por meio de fotos e check-ins o endereço de residência ou lugares que frequenta. Uma dica útil é postar nas redes após sair do local.
Evitar publicações que exponham placa de veículo.
Analisar bem a pessoa que solicita amizade ou faz qualquer tipo de contato antes de adicioná-la nas redes sociais.
Utilizar o modo de navegação anônima para garantir mais privacidade. Disponível em navegadores como Firefox e Chrome. Neles, basta usar o comando Ctrl+Shift+N.
Assista como foi a Live
INFORMAÇÕES CURIOSAS
Dados da Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, conhecida ferramenta que coleta e analisa incidentes de segurança cibernética em todo o mundo, revelam o registro de *85 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no ano de 2019*. Só *no Brasil, ocorreram mais de 24 bilhões de tentativas de ataques*, uma média de 65 milhões de tentativas ao dia. Números assustadores.
Companhias elétricas acabam se tornando alvos preferidos dos criminosos, pois por serem serviços sociais imprescindíveis, podem forçar pagamentos, normalmente cobrados em criptomoedas. Também a Avon, do segmento de cosméticos, e a Cosan, conglomerado de açúcar, combustíveis e logística do país foram vítimas desses criminosos.
Como funciona esse golpe? Os cibercriminosos invadem os sistemas, sequestram os dados e deixam a rede interna criptografada, ou seja, os donos dos dados não conseguem acessá-los. Na sequência pedem resgate para liberar esses dados, pois caso contrário as informações roubadas podem ser vendidas ou se tornarem públicas na deep web.
Alguns números são assustadores. *Só no Brasil já ocorreram mais de 1,6 bilhão de ataques cibernéticos em três meses*.
Outro problema é que durante a Covid-19 aumentaram, e muito, os ataques hackers contra empresas. As ferramentas que permitem o acesso remoto tiveram um aumento de 333% em nosso país, de acordo com levantamento da Kaspersky. Alertam ainda que não podemos saber, desse percentual, quantos evoluíram para o crime de dupla extorsão. Nesse golpe, os hackers sequestram dados, pedem resgate e, caso não recebam o dinheiro, leiloam as informações em tempo real.
Quem está por trás desses golpes? Os hackers! Alguns estudos, realizados por sites especializados, apontam que existem no mínimo 11 gangues atuando só neste tipo de cibercrime. Foram atacadas pelo menos 100 empresas, e destas, 22, que não quiseram pagar pelo resgate, estão com seus dados sendo leiloados em tempo real.
Em abril deste ano, nosso país foi alvo de mais de 60% dos ataques na América Latina, isso, de acordo com a Kaspersky. Seguem em segundo lugar a Colômbia, depois o México, Chile, Peru e Argentina.
Outros ataques são provenientes de links falsos de cervejaria, onde oferecem bebida grátis para os que optarem por isolamento social, clones de lives de show para arrecadar doações, além dos conhecidos golpes praticados por estelionatários fazem parte de um relatório da Cybersecurity Intelligence;
O WhatsApp também tem sido ferramenta preferida para aplicar golpes. O golpista se faz passar por funcionário do Ministério da Saúde e após algumas questões, o golpista envia um código de certificação da pesquisa, e após a pessoa enviar a mensagem seu dispositivo fica bloqueado e seus dados violados, sendo a vítima coagida a efetuar pagamentos para liberar seu dispositivo.
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