A construção do Hospital da Criança de Maringá pode estar em risco. Esta semana, durante uma reunião na cidade, o Secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Preto, afirmou que não há recursos para a conclusão das obras que iniciaram em fevereiro. A contrapartida do Estado no valor de R$ 54 milhões de reais não consta no planejamento do governo, o que deixou a população da cidade apreensiva, pois aguardava ansiosa pelo funcionamento da prometida unidade hospitalar. O valor total da obra é de aproximadamente R$ 153 milhões de reais, numa área de 23 mil metros quadrados, com 160 leitos e atendimento de 21 especialidades diferentes.
Mas esta não é a única obra que parece ter sua conclusão comprometida por problemas orçamentários. Na busca por soluções, o Deputado Requião Filho (MDB) tem levantado várias possibilidades para a economia e o enxugamento da máquina pública paranaense. Uma delas também consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020, que já tramita na Assembleia Legislativa. Dentre as medidas, está o corte de repasse dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) aos Poderes Judiciário, Legislativo e Ministério Público. Mesma proposta defendida pelo parlamentar que, há algumas semanas, tenta angariar assinaturas para uma PEC que pretende extinguir os mesmos repasses, mas em definitivo, não só para o ano que vem. A medida traria a economia de pelo menos meio bilhão de reais ao ano, dinheiro suficiente para o governo dar continuidade às obras paradas no Estado por falta de recursos, como o Hospital Infantil de Maringá.
"Não dá pra ficar construindo prédio de mármore e aumentando salário para 35 mil reais como fez o Ministério Público, e deixar os professores mais um ano sem a data base, os policiais sem condições de trabalho, ou nossas crianças sem um hospital. É possível reduzir os repasses aos poderes sim, para que todos possam dar o exemplo no enxugamento da máquina pública".
Nesta terça-feira, o deputado gravou um vídeo chamando a população, em especial os moradores de Maringá, para que cobrem dos deputados estaduais a assinatura na PEC apresentada e, com isso, ajudar o Estado a restabelecer essa economia que pode chegar a meio bilhão de reais ao ano.
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