Os caminhoneiros lideram um movimento sem volta. Uma bomba relógio que estava pronta a explodir, reflexo da péssima gestão* do Presidente Michel Temer. Mas não é só a política de reajustes da Petrobras que perde sua função social brasileira, para beneficiar acionistas nacionais e estrangeiros.
No Paraná, a Copel também deixou de se preocupar com as pessoas faz tempo! No Governo Richa, a mesma linha “entreguista” foi seguida, deixando o mercado internacional muito bem, obrigado! Enquanto o mercadinho do Seu João, lá no interior do Paraná, aquele que gera emprego, teve que demitir funcionários, porque as contas de luz estão custando tão caro – engordando os bolsos dos acionistas gringos, que ficou impossível manter todos os postos de trabalho.
Com isso, o país e o Estado vivem uma crise de representatividade sem precedentes. É uma guerra inglória entre mercados; entre o mercado internacional interessado nas nossas riquezas, e o mercado local que tenta sobreviver aos altos impostos que vão lá pra fora e não permitem a geração de emprego e renda aqui dentro.
Tanto a Copel quanto a Sanepar e a Petrobras, aos poucos, vão perdendo o foco, compatibilizando os interesses econômicos e a geração de lucros voltada às políticas públicas com norte ao social, agora preocupada apenas com acionistas, deixando de fazer os investimentos necessários e fortalecendo o discurso dos que querem a privatização das nossas estatais.
Os pequenos comércios estão quebrando, sofrendo na pele o caos dos altos impostos que sufocam o crescimento local. Fazem o micro e o pequeno empresário se sentirem reféns do mercado estrangeiro, alimentando gente de fora, com gasolina e outras fontes energéticas produzidas aqui no país, como se fôssemos uma colônia dos países ditos de primeiro mundo.
Nacionalismo de verdade é defender o que é nosso. É querer ver o país crescer. É manter e gerar empregos, é fomentar a indústria e a agricultura local. É querer escola de qualidade para nossos brasileirinhos, é ver nossas faculdades ganhando prêmios no mundo inteiro.
Ser nacionalista é acreditar que o Brasil tem talento, competência é saber que temos tecnologia para termos as melhores empresas do mundo e trabalhar para que este patrimônio seja nosso.
Artigo publicado originalmente em Blog do Esmael
*Curiosidade:
- O Presidente Michel Temer publicou o Decreto 9.188, de 1 de novembro de 2017, em que permite a venda de empresas de economia mista federais, passando ao capital estrangeiro o poder econômico sobre as empresas brasileiras.