Mãe é algo tão sublime, tão superior, tão protetiva, que a gente ama ter a nossa por perto. Seja mãe de sangue, seja mãe por afeição ou adoção, todo mundo fez suas homenagens neste fim de semana a esta figura que protege, que cuida, que orienta.
Queria saber quem é a outra mãe de Beto Richa. Mil denúncias caíram à sua esquerda, dez mil à sua direita, mas ele nada sofreu!
Beto, paciente, afável, bom de papo, sempre reconheceu o amor e demonstrou sua gratidão.
Com investigações paralisadas temporariamente, o ex-governador segue seu caminho em busca de nova aprovação nas urnas. Terá êxito?
Se é da Operação Publicano que falamos, da Operação Quadro Negro, da Operação Lava Jato, da Operação Integração, da Operação Superagui, caso APA do Iraí, dos absurdos gastos com transporte aéreos, ou das incontáveis denúncias já realizadas, pouco importa.
O que se nota é que o Estado do Paraná, representado por todas as suas instituições, também é uma mãe para Beto Richa.
Cabe ao Legislativo e ao Tribunal de Contas fiscalizarem com seriedade os atos e os gastos públicos. Cabe ao Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual serem tão eficazes e diligentes quanto foram nas investigações que levaram para trás das grades altos nomes da política nacional. Cabe agora à Procuradoria Geral do Estado apurar e cobrar todos os prejuízos experimentados pelo erário pela má gestão. E cabe ao Judiciário julgar de forma justa, séria e rápida.
De qualquer modo, desejando que esta proteção “maternal” ou que a “sorte” que envolve Beto Richa seja deixada de lado, e que as denúncias envolvendo o ex-governador do Estado sejam apuradas com seriedade e celeridade, conclamo as instituições a assumirem suas atribuições constitucionais, de fato, em prol do Estado e contra a corrupção.
Artigo publicado originalmente em Blog do Esmael