O Deputado Estadual Requião Filho e o Senador Roberto Requião participaram na manhã desta quinta-feira (12), do lançamento do projeto Mulheres Transformadoras, do PMDB Mulher do Paraná. O evento contou com a abertura da Presidente do PMDB Mulher do Paraná, Marcia Ferreira, e da Presidente do PMDB Mulher de Curitiba, a Vereadora Noemia Rocha, que falaram da importância de unir as mulheres num planejamento estratégico eficaz para desenvolver o programa, de valorização e empoderamento feminino na política. “Esperamos que a gente possa, cada dia, lutar por um mundo melhor. Sabemos que mesmo com o que está acontecendo na política hoje, temos condições de transformar o lugar que a gente mora. Porque somos Mulheres Transformadoras e temos que ocupar nosso espaço”, afirmou Márcia.
Para a presidente do PMDB Mulher de Curitiba, Vereadora Noêmia Rocha, a mudança precisa começar na busca por novos conhecimentos para ampliar as perspectivas de oportunidades. "Precisamos começar essa mudança em nós, para aumentar nossa representatividade no cenário político. Um trabalho que começa na nossa cidade, na nossa vizinhança. Não chegamos a dez por cento de vagas no parlamento e precisamos urgente chegar a um equilíbrio, com coragem, conhecimento e confiança", avaliou. Já o Senador Requião lembrou que foi ele o autor de cotas para mulheres na política e encorajou, com suas palavras, as participantes. “O preconceito estabeleceu a diferença. O que esta por trás disso? É preciso descobrir isto e transformar o mundo, mas antes é preciso entendê-lo. Vivemos numa realidade onde quem se elege vira representante do interesse de quem o financiou. O parlamento vive fazendo favores em troca de votos. E isso precisa mudar, porque a população não se sente mais representada por essas mesmas pessoas que se deixam levar pelo domínio do dinheiro. São mandatos que estão acima das ideias e do compromisso assumido nas campanhas. Se entenderem isso, terão muitas conquistas, porque lugar de mulher também é na política”.
O Deputado Requião Filho enalteceu a importância de fortalecer a união das mulheres para aumentar o número de representantes femininas na política. “Tem que ter engajamento, conhecimento e participação, para dar visibilidade ao programa e alcançar o sucesso. As mulheres merecem esse espaço dentro do partido e agora elas precisam se encorajar para transformar a sociedade por meio da politica", afirmou. As primeiras palestrantes Stéfane Maia Rech e Karolina Kopko apresentaram o projeto, que inicia com o lançamento do portal na internet:
www.mulherestransformadoras.com.br Dentre os depoimentos ao longo da manhã, várias mulheres explanaram seus anseios. “Enfrentamos muitos desafios, historicamente sempre com salários menores que os homens, enfrentamos a violência contra mulher e sofremos com a discriminação”. “Vivemos muitas dificuldades e ainda enfrentamos o medo e a vergonha de nos posicionar. Precisamos encorajar as mulheres para entrar na política e participar da transformação da sociedade". “A grande dificuldade está em nós mesmas, uma vez que reproduzimos as ações das nossas mães, que agiram conforme aprenderam com nossas avós etc. Reproduzimos esse medo. Mas podemos mudar isso e, agora com esse projeto, temos que nos unir e dar visibilidade ao projeto mulheres transformadoras, para que todas participem mais ativamente da política”.
Representante da Tribo Xetá, Belarmina Luiz Paraná, de 65 anos, estava emocionada por ser a primeira vez que pode estar num evento do Partido, podendo falar sobre seus desafios enquanto mulher indígena. “Faz tempo que estamos na luta e eu nunca conseguia participar das reuniões do partido. Hoje é a primeira vez“, contou emocionada.
“Estou muito orgulhosa e espero que a gente se una para organizar um trabalho completo, inserindo também as mulheres indígenas. Porque assim a gente tem mais conhecimento da vida do ser humano, e por isso eu abraço a causa de alma e coração. Estou à disposição do programa. Entrei nessa luta quando a gente saiu da aldeia em busca de uma vida melhor na cidade. Eu também tive uma vida sempre muito discriminada. As mulheres indígenas sofrem mais, porque não tínhamos a liberdade que muitas de vocês, moradoras da cidade, têm. Éramos prisioneiras desse machismo que não dava oportunidades iguais, uma vida sem autoridade, onde se vivia apenas para o esposo e para a família. Hoje sou livre e me considero uma mulher transformadora".
Confira Galerias de Fotos publicadas nas redes sociais deste evento: