De 112, restarão apenas 32 opções de medicamentos na lista da rede conveniada.
| O presidente Michel Temer anunciou recentemente o encerramento de repasses para o Programa Farmácia Popular, criado em 2004, considerado uma conquista dos Brasileiros. Com o fim do benefício, 112 medicamentos deixarão de ser distribuídos ou subsidiados, restando apenas 32 itens à disposição da população. Uma redução de 71%.
De analgésicos a antiepiléticos, ou até mesmo remédios para tratamento de osteoporose, por exemplo, não serão mais oferecidos pelas unidades de Farmácia Popular que serão fechadas em todo o país a partir do mês de junho. O Paraná conta com onze unidades próprias e Curitiba, apenas uma, com 16 funcionários na Rua Cândido Lopes, na região central da cidade. Os trabalhadores também estão preocupados com o futuro de seus empregos.
O Ministério da Saúde enviou ofício informando o fechamento das unidades, que pode ocorrer a qualquer momento. De acordo com o governo federal, os recursos de manutenção serão realocados para a compra mensal dos medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. A alternativa será buscar o que restou dos itens disponíveis nas redes de farmácias privadas com os cartazes "Aqui Tem Farmácia Popular" ou nas unidades de saúde dos municípios.
Para o deputado estadual Requião Filho (PMDB), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor na Assembleia Legislativa do Paraná, a medida é um grande retrocesso na saúde pública, uma vez que pacientes que dependem exclusivamente destes medicamentos para sobreviver, terão que arcar com as despesas do próprio bolso.
“Vai atingir principalmente a população de baixa renda com a retirada de direitos essenciais conquistados pelos brasileiros. Este governo, definitivamente, não nos representa. Queremos Diretas Já”, defendeu o deputado paranaense.
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