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Foto do escritorGabinete Requião Filho

Liderança do Governo tenta barrar criação da CPI da Receita na ALEP


Um dia depois da bancada de oposição reunir 16 das 18 assinaturas necessárias para a instalação da CPI da Receita - que pretende investigar o escândalo de corrupção deflagrado na Operação Publicano, o líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), usou seu discurso na tribuna para fazer um apelo aos parlamentares da base governista e do bloco independente para que não assinem o requerimento, impedindo a criação da comissão.

O líder da oposição, deputado Requião Filho (PMDB), criticou a estratégia governista de tentar barrar a criação da CPI. “A população quer os escândalos investigados, seja aqui no Paraná ou em Brasília. Não dá mais para mentir para a sociedade. O governo Beto Richa adota o discurso da transparência e da honestidade, mas na prática atua para impedir que o legislativo crie uma CPI para esclarecer a verdade sobre a corrupção na Receita”.

Requião Filho afirmou ainda que a CPI é necessária para apurar tecnicamente os fatos investigados pelo Ministério Público e que o legislativo não pode ficar dependente de matérias de jornais em busca de informações. “A CPI daria acesso para que os deputados possam desmentir mentiras e confirmar fatos. Esta Casa tem a capacidade de esmiuçar e trabalhar tecnicamente estes assuntos. Tenho certeza que a CPI não seria persecutória, seria em busca da verdade e nada além da verdade”.

De acordo com o MP, auditores corruptos identificavam empresas que deviam impostos para o Estado e cobravam propina para reduzir ou anular o valor das dívidas. Segundo o principal delator da Operação Publicano, Luiz Antônio de Souza, parte dos recursos desviados abasteceu a campanha do governador Beto Richa (PSDB) em 2014. Na última sexta-feira, o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a abertura de inquérito para investigar o envolvimento do governador no esquema.

Além de Requião Filho, assinaram a CPI da Receita os deputados Ademir Bier (PMDB), Anibelli Neto (PMDB), Chico Brasileiro (PSD), Cláudio Palozi (PSC), Evandro Araújo (PSC), Gilberto Ribeiro (PRB), Gilson de Souza (PSC), Márcio Pacheco (PPL), Nelson Luersen (PDT), Nereu Moura (PMDB), Paranhos (PSC), Péricles de Mello (PT), Professor Lemos (PT), Tadeu Veneri (PT) e Tercílio Turini (PPS).

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