O senador Roberto Requião e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães no Paraná, o deputado estadual Requião Filho, fizeram uma análise do documento “Uma Ponte para o Futuro” apresentado esta semana no evento do PMDB em Brasília. Na avaliação dos parlamentares, não há nenhuma proposta concreta e inovadora, algo que realmente tenha relevância para ser colocada em prática no Brasil nos próximos anos.
“É apenas uma cópia de um conjunto de medidas repetidamente exigidas pelo mercado, pelo setor financeiro. Simula mudar alguma coisa para que tudo fique como está”, disse decepcionado o Senador.
Requião Filho, por sua vez, acredita que é preciso elaborar um novo projeto, com propostas mais efetivas e autênticas. “Devemos construir algo fundamentado na reflexão democrática, com participação de todos e diálogos abertos. Não aceitar simplesmente algo pronto, copiado das propostas neoliberais dos outros partidos que até hoje não contribuíram com nada no nosso país”.
Em seu discurso em Brasília, o deputado disse que o programa apresentado torna o partido “acessório” do PSDB. “Nós do Paraná não aceitamos de forma alguma a diminuição da nossa Constituição Cidadã, nem programa escrito para agradar mercado. Banqueiro não manda no Brasil, leva o dinheiro pra fora. Precisamos de uma proposta econômica diferente da atual, mas com a cara do PMDB. Temos a capacidade para construir algo novo e não debater algo pronto, feito por consultores de fora. Nós temos capacidade para tal, temos história e gente disposta para apresentar um documento com a cara do PMDB, com a cara do Brasil e com a identidade de um partido das massas e não dos banqueiros. Nós temos sim um lado, que é a pátria brasileira”.